A carne de
laboratório já é uma realidade e a indústria de válvulas se prepara para
atender as demandas que vão surgir para essa produção
O
ecossistema de pesquisa em carne cultivada tem se desenvolvido rapidamente nos
últimos anos, levando diversas empresas e grupos de pesquisa no mundo a
entrarem em uma corrida para trazer o cultivo de carne em escala industrial
para então chegar ao prato do consumidor. Porém, em primeiro lugar, é preciso
entender que a carne cultivada é carne de verdade, assim como a convencional.
Segundo
informações do The Good Food Institute (GFI), uma organização filantrópica sem
fins lucrativos que trabalha para transformar o sistema de produção de
alimentos, essa carne é composta pelos mesmos tipos de células dispostas na
estrutura tridimensional do tecido muscular animal e, por isso, ela é capaz de
replicar o perfil sensorial e nutricional da carne que o consumidor já conhece.
A diferença está na produção, que acontece em biorreatores em ambiente fabril,
sem a necessidade de criar ou abater animais.
A
Gemü Brasil, referência na produção de válvulas para diversos setores, está se
preparando para atender as empresas que vão entrar nesse mercado.
Segundo
Ota Vojacek Oredsson, engenheiro de processo e business development manager da
Gemü, na Suécia, a produção de carne cultivada cresce de forma lenta, mas
irreversível. O desafio é controlar a contaminação nos processos, uma vez que
as bactérias podem muito rapidamente superar as células na cultura se ocorrer
contaminação.
“Por
isso são necessárias as válvulas assépticas em cultivos celulares, como plantas
piloto e biorreatores em escala de produção”, explica o engenheiro.
A
válvulas diafragma de metal assépticas são usadas principalmente em aplicações
estéreis nas indústrias farmacêutica, alimentícia e na biotecnologia.
Dependendo da configuração, são adequadas para água ultra pura (WFI), produtos
químicos de alta pureza, produtos intermediários e finais nas indústrias
farmacêuticas, biotecnologia, no processamento de gêneros alimentícios e na
indústria química.
São
essas válvulas que a Gemü vai oferecer também para as empresas que vão produzir
carne cultivada, uma vez que as válvulas desempenham um papel crítico na
garantia da segurança alimentar, ajudando a controlar a contaminação e as
condições sanitárias durante todo o processo de produção.
“O
uso da válvula correta é essencial porque as bactérias podem muito rapidamente
superar as células na cultura se ocorrer contaminação. Por isso, a
descontaminação (SIP) é vital, assim como o uso de técnica asséptica, para
manter a esterilidade e evitar danos à cultura celular.” diz ,Vojacek.
A
expectativa do engenheiro é que a Gemü esteja presente no processo de produção de
muitas empresas que queiram investir na carne cultivada, também conhecida como
carne de laboratório ou carne limpa.
De
acordo com estudos realizados na área, essa revolução na indústria alimentícia
não apenas responde aos desafios ambientais, mas também representa um passo
significativo em direção a uma oferta de alimentos mais sustentável e ética.
Sobre a GEMÜ do Brasil – Com fábrica em São José dos Pinhais (PR) desde
1981, a GEMÜ do Brasil produz válvulas e outros equipamentos de alta
tecnologia para diversos setores. Na divisão Industrial, fornece produtos para
os
setores de siderurgia, mineração, fertilizantes, bem como para integrar
sistemas de geração de energia, entre outros. Na divisão PFB (Farmacêutica,
Alimentícia e de Biotecnologia), é líder mundial em soluções para sistemas
estéreis, que incluem a fabricação de vacinas, remédios e novas aplicações de
envase de alimentos e bebidas.
Sobre o Grupo GEMÜ – O Grupo GEMÜ é um dos
líderes mundiais na fabricação de válvulas, sistemas de medição e controle. Desde
sua fundação em 1964, a empresa alemã com foco global se estabeleceu em
importantes setores industriais, graças a seus produtos inovadores e soluções
personalizadas para controle de processos. A GEMÜ é líder mundial no mercado de
aplicações de válvulas estéreis nas indústrias farmacêutica e de biotecnologia.
O Grupo GEMÜ emprega mais de 2 mil pessoas em todo o mundo, com plantas na Alemanha,
Suíça, China, Brasil, França e EUA. A rede de distribuidores está presente em
mais de 50 países nos cinco continentes. Veja mais no site.